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Lote 49 • 1º dia

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Leilão 66 - Leilão de Arte e Design

Djanira

Avaré, São Paulo, 1914 -1979

“Orixá Oxafulan - Oxalá velho, 1958”.

Óleo s/ tela
Ass. Inf. direito


Djanira estava sempre atrás de personagens e temas para sua obra; plantadores de bananas, pescadores, mineiros, indígenas, negros, operários, festas populares, tudo virava motivo de seus quadros. Muito provavelmente, segundo o professor Inocêncio, ela conheceu aspectos das religiões de matriz africana a partir das viagens que fez à Bahia, onde era muito bem recebida por grandes amigos, como o escritor Jorge Amado.

Considerado um Oxalá muito velho, curvado pelos anos, que anda com dificuldade e hesitação… Ele apoia seus passos cambaleantes sobre um paxorô, grande bastão de metal branco, encimado pela imagem de um pássaro e ornado por discos de metal e pequenos sinos que é também o símbolo da ligação que ele estabeleceu entre o Orun (céu) e o Ayê (terra). Oxala velho é o princípio da criação, o vazio, o branco, a luz, o espaço onde tudo pode ser criado, e também a paz, a harmonia, a sabedoria que vem depois do conflito (Oxaguiã), também chamado de Obatalá, o fim do círculo e o recomeço. O grande pai ioruba, é considerado a bondade masculina, e o Orixá da Paz, da paciência, tudo que se refere à Oxalá é ligado a calma e a tranquilidade.

Profundamente católica, na velhice Djanira chegou a ser carmelita descalça, com o nome de Teresa do Amor Divino. Era devota de santa Teresa d'Ávila. Pintava santos e anjos vestidos de ouro e luar, poetou Odylo. Ao pintar orixás do candomblé, Djanira pintou também a beleza do respeito pelas religiões.


50 x 65 cm

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