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Lote 2 • 1º dia

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Leilão 66 - Leilão de Arte e Design

Wega Nery

Corumbá, 1912 -2007

“Sem título, 1968”.

Óleo s/ tela
Ass.dat.inf. direito


"Resolvi levar um dia alguns desenhos e também minhas poesias para que Sérgio Milliet os visse. Perguntei qual caminho ele achava que eu deveria seguir. Ele respondeu que eu transmitia mais pelos desenhos do que pelas poesias. Daí em diante, abandonei a literatura e fiquei só com a pintura. Não senti falta da poesia porque a pintura, para mim, tem muito de poesia e muito de música", dizia Wega.

Consagrada pelo seu abstracionismo lírico, as pinturas de Wega são comparáveis a abalos sísmicos, explosões no espaço, à formação de novas galáxias. Áreas de cor intensa – azuis, vermelhos, amarelos, verdes – surgem na tela não dispostas pela mão da artista mas como que atiradas por fenômenos telúricos.

Em seis décadas entre cavaletes e telas, Wega participou de 12 Bienais de Arte de São Paulo. Com destaque para a edição de 1957 quando, por uma exigência do crítico alemão Ludwig Grote, diretor do Museu de Nuremberg, arrebatou o prêmio de Melhor Desenhista, dividindo-o com o artista plástico Fernando Lemos. Na Bienal de 1963, recebeu o prêmio de Aquisição Nacional.

Depois, foi homenageada com seis salas especiais em outras edições da Bienal.
Seguiram-se inúmeras exposições individuais e coletivas. Além do Brasil, levou sua arte para Argentina, Uruguai, Estados Unidos, México, Alemanha, França e Inglaterra. Tem obras no acervo dos principais museus do Brasil, como o Museu de Arte de São Paulo (Masp), o Museu de Arte Contemporânea (MAC) de SP, o Museu de Niterói (RJ) e também na sede da Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington.

Sua arte foi tema de artigos de críticos como Sérgio Milliet (1898-1966), Vilém Flusser (1920-1991), Leo Gilson Ribeiro, Jacob Klintowitz e Radha Abramo, entre outros.


50 x 60 cm

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