“Sem título, Dec. 1980”.

Escultura em aço cortem

Amilcar de Castro é considerado pelos críticos e historiadores da arte um dos escultores construtivos mais representativos da arte brasileira contemporânea.

Passando do desenho à tridimensionalidade, encontrou sua maior expressão artística na escultura construtiva, influenciado pelo suíço Max Bill (principal divulgador da arte concreta na América Latina). Sua primeira obra na mídia foi exposta na Bienal Internacional de São Paulo (1953).

Os materiais preferidos - metais, sobretudo o ferro - dão uma nova dimensão ao trabalho do antes discípulo de Guignard (desenho e pintura) e Franz Weissmann (escultura figurativa). A nova linguagem permitia a Castro explorar os espaços vazios como nunca antes. A escultura construtiva vinha como decorrência do futurismo e do cubismo, rompendo com a arte do passado preocupada com a representação do real. O espaço, então, é trabalhado como elemento plástico.
Castro foi signatário do Manifesto Neoconcreto, em 1959, junto com outros artistas como Ferreira Gullar e Lygia Clark.