Obra 11022

Ivan Serpa

Rio de Janeiro, 1932 - 1973

“Sem título, 1962”.

Nanquim s/papel
Ass. inf. direito a lápis.

O carioca Ivan Serpa destacou-se por sua vasta produção artística, atuando também como professor e fundador do Grupo Frente, um importante marco no movimento construtivo no Brasil. Atuando no MAM Rio, a partir de 1952 Serpa dedicou-se às atividades docentes, desempenhando um papel significativo na formação de diversas gerações de artistas brasileiros. Reconhecido por suas realizações, recebeu o Prêmio Jovem Pintor Nacional na I Bienal de São Paulo em 1951 e representou o Brasil na Bienal de Veneza no ano seguinte. Ao longo das décadas de 1950 e 1960, participou de diversas bienais no Brasil e no exterior, além de receber prêmios, como o de viagem ao exterior no Salão Nacional de Arte Moderna em 1957.

A partir da década de 1960, a produção artística de Serpa passou por transformações, apresentando um traço mais gestual e nuances expressionistas, notadamente reconhecido como a "fase negra" ou, conforme a preferência do artista, "Crepuscular". Nessa etapa, Serpa se aproximou do expressionismo, incorporando uma figuração gestual nos moldes do Grupo CoBrA, aproximando-se da Nova Objetividade Brasileira. Em 1965, houve um retorno à fase geométrica. A presença contínua em exposições, tanto individuais quanto coletivas, evidencia seu impacto duradouro, incluindo mostras no MAM Rio e participações em eventos marcantes como Opinião 65 e 66, que assinalaram uma nova fase na arte figurativa, além do 10º Resumo de Arte, conhecido como Resumo JB, em 1972.

Essa rica variedade estilística, que vai da abstração à figuração e ao construtivismo, destaca a busca constante de Serpa por ambientes artísticos coletivos, sua inclinação pela pesquisa estética e seu respeito pela liberdade na criação, consolidando sua posição como uma figura seminal na arte brasileira do século XX.



27 x 21 cm